ABOUT
POETA, NASCIDO EM LISBOA.
COM UM TRABALHO CENTRADO ESSENCIALMENTE
NA PRODUÇÃO POÉTICA, OS SEUS PROJECTOS
FORAM EVOLUINDO PARA OUTRAS LINGUAGENS ,
FORMATOS E SUPORTES EXPOSITIVOS E EDITORIAIS,
NUMA PROCURA PELA IDEIA DE “POESIA FORA DO LIVRO”.
Diluindo fronteiras entre disciplinas artísticas, explora o vídeo, o som, a fotografia, a arte de intervenção e a arte digital, partindo sempre da palavra e da poesia.
Faz parte desde 2019, com Vasco Barbosa, do colectivo CO2, cujo trabalho digital tem explorado vários campos de pensamento e tecnológicos.
Nos últimos anos, destaque para os poemas exibidos na inauguração da Rua Cor de Rosa, no Cais do Sodré, Lisboa, em parceria com o lendário designer gráfico Ricardo Mealha (2015), com quem colaborou também noutro projecto cultural, em Lisboa e no Rio de Janeiro, no âmbito do evento “Ano Portugal-Brasil” (2015).
Em 2016 concretiza o projecto “Post-It Poetry”, com afixação de Post-it formato A1 com poesia manuscrita da sua autoria, nas ruas de Lisboa.
Em paralelo, numa residência criativa na cidade do Mindelo em 2017, ilha de São Vicente, Cabo Verde, levou o projecto Post-It Poetry, que resultou num livro, de edição numerada e impresso numa tipografia local, com 20 poemas em português e crioulo, numa edição bilingue com o título “Haikréus” (Editora Djamy - 2017) e do qual resultaram 40 cartazes post-it de grande formato manuscritos, também em crioulo e português e afixados pela ilha de São Vicente. Este projecto deu origem a uma exposição no CNAD (Centro Nacional de Artesanato e Design) na cidade do Mindelo em Cabo Verde (CNAD - 2018).
Em 2018, no âmbito do Festival do CCP (Clube da Criatividade), cria a instalação “Poesia Involuntária”, onde, num suporte digital e interactivo, um programa de escolha aleatória, activado pela presença humana, exibe poemas de autoria própria.
Em 2019 tem nova intervenção no Festival do CCP (Clube da Criatividade) com a instalação “Hello Darkness My Old Friend”. Uma instalação que permite uma experiência imersiva, sensorial e poética, onde poesia se acende no interior escuro de uma escultura e onde se confrontam medos e escuridão.
Também em 2019 edita o livro “Universo de Bolso” (Editora Degrau - 2019), um conjunto de 100 poemas.
Ainda em 2019 é convidado pela produtora Uguru para fazer a direcção de arte e para realizar o music video do projecto “Lina//Refree” com os músicos Lina Rodrigues e Raül Refree. O vídeo foi finalista no “One Short Film Festival” em New York (NY - 2020).
Em 2020, no âmbito do festival “LX Week”, e já inserido no colectivo CO2, inaugura uma instalação digital de grande dimensão na Biblioteca Real do Palácio da Ajuda, onde explora o corpo de obra de Alexandre Herculano, com recurso a um motor de inteligência artificial, resultando numa obra viva e em tempo real, fazendo contrastar o ambiente cénico da Biblioteca Real com a utilização de tecnologia digital, “O Guardador de Livros” (LX Week - 2020).
Em 2021, a convite do festival “Gliding Barnacles” (Figueira da Foz) e de novo com o colectivo CO2, desenha uma peça “site-specific”, que inclui a instalação de uma bóia de alto mar ao largo da Figueira da Foz, equipada com tecnologia que permite a transmissão em tempo real do comportamento do mar, que, depois de converter esses dados numa expressão visual, permitiram projectar esse “mar digital” no edifício da Câmara Municipal da Figueira da Foz (Ocean 0.2 - 2021).
Em novo convite do festival Gliding Barnacles em 2022 apresenta, desta vez a solo, a peça digital “L.A.T.O.”, uma obra em dois canais de vídeo de exploração de poesia visual e oceano (L.A.T.O. - 2022).
Também em 2022 e também num convite renovado, em conjunto com o CO2, produz nova peça digital para o festival LX Week, desta vez no espaço do Braço de Prata. Um mural digital de grandes dimensões, mais uma vez com recurso a um motor de inteligência artificial e design generativo (Memory Wall - 2022).
Ainda em 2022, é de novo convidado pela produtora Uguru para voltar a fazer a direcção de arte, music video e cenografia digital da tour do novo projecto de Lina Rodrigues, desta vez com os produtores e músicos Justin Vernon e John Baggot.
Desde 2019, em conjunto com o colectivo CO2, tem desenvolvido diferentes peças digitais de grande formato para a colecção da Morais Leitão, no âmbito de uma comissão plurianual que decorre até à data. No total já foram produzidas seis iterações visuais desta comissão (Invisible Hand 0.1 - 2019, Invisible Hand: Mycelial Network - 2020, Windows - 2021, The Crossing - 2022, The Deep - 2023, Entropy Energy - 2024).
Foi também no âmbito deste projecto que colaborou com Paulo Arraiano numa peça (The Deep - 2023) que foi exposta numa “segunda pele” na Fundação Leal Rios (Lisboa - 2023) no âmbito de uma exposição colectiva em que também participaram nomes como Pedro Vaz e Marcelo Moscheta.
Em 2024 publica nova edição (expandida e visual) do livro de poesia “Haikréus” (Editora Maelstrom - 2024), é publicada a segunda edição de “Universo de Bolso” (Editora Maelstrom - 2024) e é convidado para o Festival de Poesia de Lisboa, onde apresenta um micro-espetáculo de spoken word e publica nova obra literária e visual “A Gabardina” (Editora Maelstrom - 2025).
Também em 2025 instala a sua primeira peça de arte pública permanente na Praia do Cabedelo – Figueira da Foz e, no âmbito de uma segunda residência artística, expõe no Festival Gliding Barnacles a título individual a peça “Problema”. Ainda em 2025 integra o grupo de trabalho Kanizade para colectivamente criarem uma coreografia multidisciplinar em conjunto com o bailarino António Tavares, o músico Ari Tavares e o artista Paulo Arraiano.